A ideia de que uma máquina de votar pudesse representar um elemento decisivo para que eleições não sofressem a ação humana existe há mais de 150 anos. Povos de várias partes do mundo vislumbraram algum tipo de equipamento do gênero. O Brasil não foi diferente.
Nas primeiras décadas do século 20, a ideia de se utilizar um engenho mecânico nos pleitos brasileiros surgia como uma garantia de eleições legítimas e, simultaneamente, respondia ao literal “culto à máquina”, que envolvia a mentalidade do período. Em diversos campos da atividade humana, como nos transportes e nas indústrias, as máquinas vinham revolucionando o cotidiano das pessoas nos mais diferentes cantos do Planeta. Nos Estados Unidos da América e na Europa, a possibilidade se votar em máquinas já era corriqueira desde, pelo menos, os anos de 1870.
Diário de Notícia, na capa da edição de 21/11/1931, noticia uma demonstração da máquina da empresa norte-americana Automatic Rejlatering Machine Company no Brasil
Em diferentes regiões do país, e tendo início na década de 1930, diversos brasileiros buscaram criar engenhos para que a ideia de uma máquina de votar lançada pelo Código de 1932 virasse realidade. Abaixo, alguns destes casos de cidadãos que, com seus próprios recursos, buscaram contribuir para o sistema eleitoral brasileiro e deixaram seu nome na história da criação da urna eletrônica.
Na história da automatização do voto está o trabalho do mineiro Sócrates Ricardo Puntel. Em 1958, à custa da venda de alguns imóveis, elaborou uma engenhosa máquina de votar.
Os Tribunais Regionais Eleitorais, antes e depois da tomada de decisão do TSE pela construção de um sistema eletrônico de votação, deram importantes contribuições para a história da urna eletrônica brasileiro. Abaixo, um pequeno panorama destas iniciativas.
Computador utilizado pelo TRE-SC na primeira eleição informatizada da América do Sul, ocorrida em Cocal, em março de 1991.
A imprensa de Caxias do Sul deu amplo destaque para o simulado com a urna eletrônica, em especial o jornal "O Pioneiro". Abaixo, um breve apanhado de matérias que tiveram a informatização do processo eleitoral como foco.
No dia 14 de agosto, pouco antes do simulado, o jornal decreta: "A máquina não assusta". O Pioneiro, 14/08/1996, capa do Caderno Eleições.
Às vésperas do teste decisivo, o jornal chama a população à participação. O Pioneiro, 17/08/1996, capa do Caderno Eleições.
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